O avanço da ciência tem permitido que as mulheres possam ter filhos em idade mais avançada. Escolhas profissionais, educacionais e estilo de vida são possíveis razões para o adiamento do desejo de ser mãe. Desta forma, tem crescido o número de mulheres que, por volta dos 30 anos de idade, congelam seus óvulos (criopreservação) para usá-los futuramente.
“Os óvulos são gametas femininos e acompanham a idade cronológica, pois nascem junto com a mulher. Não existe ‘renovação dos óvulos’, por isso é importante que a mulher congele seus óvulos em idade fértil caso queira ter filhos no futuro, evitando que eles estejam em idade avançada e a gravidez possa não acontecer”, explica Cinara Costa de Gusmão, ginecologista certificada em Reprodução Assistida da Genesis Brasília.
PROCEDIMENTO – A vitrificação de óvulos é uma técnica nova, mas já existe bebê nascido após 30 anos de congelamento de sêmen e há pelo menos 13 anos após da criopreservação de embriões.
O processo de criopreservação começa com a indução do crescimento dos gametas femininos por meio de hormônios a partir da menstruação da mulher. Quando os óvulos respondem aos hormônios e crescem em número e tamanho, a paciente passa por um procedimento cirúrgico para que os gametas sejam captados e congelados.
“As únicas contraindicações para o procedimento de criopreservação são nos casos de pacientes que tenham problemas com o uso de hormônios ou caso haja o diagnóstico de alguma patologia pré-existente. Fora essas situações isoladas, qualquer mulher pode optar por congelar seus óvulos”, comenta a especialista.
Embora seja importante ficar atenta quanto ao tempo, não existe uma idade ideal para que a mulher queira congelar seus óvulos. “Quanto mais cedo, melhor. Se aos 30 anos a mulher pensa em engravidar 10 anos depois, é bom que ela já congele seus óvulos com 30 mesmo, por exemplo”, afirma Cinara Costa de Gusmão.
Entretanto, quanto mais tarde esse procedimento for feito, menores são as chances de sucesso na gravidez. Isso acontece porque após os 35 anos os óvulos podem apresentar possíveis problemas genéticos por já terem alguma alteração.
REGULAMENTAÇÃO – O congelamento social de óvulos já está regulamentado pelas novas regras do Conselho Federal de Medicina (CFM) sobre Reprodução Assistida. “O procedimento já era realizado há algum tempo, mas o CFM incluiu a criopreservação em suas últimas regras lançadas e isso é muito importante para termos um ‘padrão’ a ser seguido e respeitado’”, salienta a ginecologista.
O tempo máximo de congelamento de óvulos ainda não foi regulamentado. “As novas regras do CFM ainda não englobam esse tema, portanto até o momento, não existe tempo máximo de criopreservação. Os óvulos que não foram usados continuam congelados. Tempo máximo de congelamento ainda não vale para óvulos, só para embriões”, finaliza Cinara Costa de Gusmão.
ONCOFERTILIDADE – Além do congelamento social, a criopreservação também possibilita que pacientes diagnosticados com câncer possam ter filhos após o tratamento. O procedimento é feito da mesma maneira, no caso das mulheres, e o congelamento é indicado antes que os pacientes comecem tratamentos como quimioterapia e radioterapia.
GENESIS – Com 25 anos de atuação, a Genesis – Centro de Assistência em Reprodução Humana conta com profissionais especializados, formados nos principais centros acadêmicos do mundo para prestar serviços de excelência na área de reprodução humana assistida. Com uma ampla experiência, a equipe Genesis busca constantemente a qualidade em medicina reprodutiva agregando conhecimento e tecnologia e primando pela assistência ética, personalizada, com confidencialidade e foco no melhor resultado para cada caso.
Por Larissa Sampaio
Conversa Coletivo de Comunicação Criativa