A infertilidade é definida como a incapacidade de engravidar após 12 meses de relações sexuais desprotegidas ou após 6 meses para mulheres com idade maior que 35 anos. Para casais inférteis, um dos maiores obstáculos é superar o medo de discutir o tema com um especialista.
Normalmente, pacientes que suspeitam serem inférteis, chegam com muitas dúvidas e com o desejo de que a causa do problema, assim como o melhor tratamento para seu caso sejam logo apresentados. Entretanto, antes dessas conclusões, é necessário que o médico compreenda todo o histórico de saúde do casal, principalmente com relação aos óvulos, espermatozoides e a possibilidade de encontro entre eles.
Natalia Paes Barbosa, ginecologista da Genesis Brasília, explica que os principais exames são os de sangue, ultrassonografia transvaginal e espermograma. “Os objetivos desses exames respectivamente são avaliar o perfil hormonal, identificar doenças sistêmicas e infectocontagiosas, avaliar a pelve feminina e diagnosticar possíveis miomas, pólipos, cistos ovarianos e endometriose e, por fim, avaliar o fator masculino”, comenta.
Natália também explica que o resultado dos testes diagnósticos ajudará o médico a determinar a causa da infertilidade e a escolha do tratamento que oferece a melhor chance de conseguir uma gravidez. Dependendo das necessidades individuais, é feito um aconselhamento para discutir implicações físicas e emocionais do tratamento, além de diversas formas de enfrentamento das possíveis frustrações e decepções.
Outros casos exigem técnicas de reprodução assistida tais como fertilização in vitro convencional (FIV) e injeção intracitoplasmática do espermatozóide (ICSI). Quando uma técnica de reprodução assistida é indicada, pode-se realizar o estudo genético embrionário antes da transferência para a cavidade uterina”, explica a especialista.
O diagnóstico da causa da infertilidade por meio de exames realizados pelo casal, além da idade da mulher e do homem, são fatores fundamentais na decisão do tipo de tratamento. “Apesar de todo o avanço tecnológico, a taxa de sucesso não é 100% e a escolha do tratamento deve basear-se no resultado potencial de gestação”, finaliza Natália Paes Barbosa.
Larissa Sampaio
Conversa Coletivo de Comunicação Criativa