Miomas uterinos são tumores benignos presentes no útero e acometem de 20% a 50% das mulheres. Acredita-se que o crescimento dos miomas é estimulado pelos hormônios estrogênio e progesterona, mas a gênese inicial ainda é desconhecida. “A maioria das pacientes não apresenta nenhum sintoma, entretanto 25% delas podem ter sangramento menstrual aumentado, dor pélvica, aumento do volume abdominal, dificuldade para engravidar, aborto e parto prematuro”, explica Natália Paes Barbosa, ginecologista da Genesis Brasília.
Em casos assintomáticos, a paciente normalmente descobre que tem a doença quando vai a alguma consulta de rotina com o médico ginecologista ou quando apresenta algum dos sintomas. As maneiras de fazer o diagnóstico são a ultrassonografia, histerossalpingografia, histeroscopia, ressonância nuclear magnética e tomografia computadorizada.
INFERTILIDADE – A prevalência do mioma aumenta com a idade e à medida que as mulheres decidem adiar a maternidade, isso passa a se tornar mais significativo. A especialista explica que embora ainda sejam causas isoladas de infertilidade, “sendo responsável por menos de 3% do motivo de infertilidade da mulher, os miomas podem afetar a fertilidade de três formas: alterando a anatomia do útero, tubas uterinas ou ovários; provocando inflamações no endométrio e/ou alterando a contratilidade miometrial, o que dificulta o transporte do espermatozoide e a implantação do embrião.”
TRATAMENTO – O tratamento indicado para os miomas depende do estágio e gravidade dos sintomas, mas existem três maneiras de tratar a doença: com medicamentos, com terapia radiológica ou a realização de cirurgia. Caso a mulher engravide sem fazer o tratamento, o mioma pode crescer devido ao estímulo hormonal natural da gestação.
“A remoção cirúrgica dos miomas submucosos, ou seja, que estão dentro da cavidade uterina, é a única recomendação para melhorar a fertilidade espontânea ou a tecnologia de reprodução assistida. Já os miomas intramurais, que estão dentro do músculo do útero e que são maiores de 4 cm, podem influenciar negativamente a fertilidade e a cirurgia deve ser considerada. Por fim, os miomas subserosos, que estão pregados fora do útero, não têm impacto na fertilidade”, finaliza Natália Paes Barbosa.
A GENESIS – Com 25 anos de atuação, a Genesis – Centro de Assistência em Reprodução Humana conta com mais de 30 profissionais capacitados na área. Os médicos participam ativamente da formação de novos colegas e parte deles ocupa ou já ocupou cargos importantes nas sociedades de especialidades e entidades ligadas à área de reprodução assistida, como o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), de Reprodução Humana (SBRH), Federação Brasileira da Associação de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e a Rede Latinoamericana de Reprodução Assistida (RedLara). Tudo para agregar conhecimento e tecnologia e primando pela assistência ética, personalizada, com confidencialidade e foco no melhor resultado para cada caso.
Por Larissa Sampaio
Conversa Coletivo de Comunicação Criativa