A taxa de abortamento no Brasil atinge de 15 a 18% das gestações e esse número aumenta à medida que aumenta a idade da mulher, chegando a 40% em mulheres acima dos 40 anos, segundo os dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Embora seja comum nas primeiras semanas de gravidez, o aborto espontâneo é um fenômeno que nem sempre tem uma causa específica.
“É considerado abortamento espontâneo a perda gestacional até 20 semanas e/ou peso fetal de 500g. 80% dos casos de aborto acontecem até a 12ª semana de gestação e mesmo sendo um acontecimento ‘comum’ deve ser investigado”, afirma Luciana Furtado, ginecologista certificada em Reprodução Assistida da Genesis Brasília.
ABORTO DE REPETIÇÃO – O aborto de repetição acontece quando a mulher tem 3 ou mais abortos consecutivos. “Atualmente, já fazemos pesquisas sobre o assunto após a segunda perda gestacional, assim as causas podem ser mais exatas”, explica a especialista em ginecologia e obstetrícia. As principais causas do aborto de repetição são:
genéticas;
idiopáticas, ou seja, quando a causa é desconhecida;
anatômica;
trombofilia, que é uma predisposição a desenvolver algumas desordens ligadas à coagulação, podendo levar a trombose ou aborto;
síndrome anticorpo fosfolípide;
infecções;
e endócrinas, como diabetes, obesidade, hipo e hipertireoidismo e síndrome do ovário policístico.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO – O diagnóstico das causas do aborto de repetição é realizado por meio de exames laboratoriais, assim como exames genéticos e em casos de alteração anatômica, é feita uma histeroscopia, inspeção endoscópica do interior do útero.
“Entretanto, é muito importante que a mulher faça acompanhamento ginecológico desde a sua primeira menstruação para que o médico ginecologista possa mapear e acompanhar qualquer possível patologia ainda no começo e tratá-la a fim de não afetar a fertilidade”, pondera Luciana Furtado.
“O tratamento pode ser feito com a indução da ovulação, uso de progesterona ou tratamentos personalizados para cada diagnóstico, que às vezes são decorrentes de mais de uma das causas apresentadas”, comenta a médica. Nos casos de aborto devido à problemas endócrinos, é fundamental que o tratamento desses problemas ocorram antes da tentativa de gravidez.
“Um tratamento de reprodução assistida (FIV) é considerado exitoso quando o resultado do teste de gravidez é positivo, entretanto o que espera-se é que a gestação seja concluída, ou seja, que ocorra o nascimento de um bebê vivo e que a saúde da mãe e do filho estão em ótimas condições após o parto”, finaliza Luciana Furtado.
GENESIS – Com 25 anos de atuação, a Genesis – Centro de Assistência em Reprodução Humana conta com profissionais especializados, formados nos principais centros acadêmicos do mundo para prestar serviços de excelência na área de reprodução humana assistida. Com uma ampla experiência, a equipe Genesis busca constantemente a qualidade em medicina reprodutiva agregando conhecimento e tecnologia e primando pela assistência ética, personalizada, com confidencialidade e foco no melhor resultado para cada caso.
Por Larissa Sampaio
Conversa Coletivo de Comunicação Criativa