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Congelamento de espermatozoides é solução eficiente para preservação da fertilidade masculina

A preservação da fertilidade é fundamental para mulheres e homens que desejam ter filhos. Mas, embora bastante discutida entre o público feminino, ela ainda é pouco comentada entre os homens. 

Se comprovado por avaliação médica que o homem é paciente de risco para infertilidade, a técnica de congelamento de espermatozoides pode ser a solução. Também chamada de criopreservação, ela possibilita o armazenamento de material genético a -196 °C por longos períodos, o que garante a viabilidade de uso por tempo indeterminado. 

“É uma técnica extremamente segura e de alta eficácia para preservação de fertilidade. As crianças concebidas com sêmen congelado têm a mesma probabilidade de nascerem saudáveis que aquelas geradas a partir de sêmen não congelado”, explica a embriologista e diretora do laboratório da Genesis, Íris Cabral.

Essas amostras de sêmen congeladas podem ser usadas pelo próprio homem ou por terceiros. A Genesis oferece o que é chamado de banco terapêutico – aquele voltado apenas para o uso do próprio paciente. Casais que necessitam de sêmen de doador (inseminação heteróloga) são encaminhados para bancos de sêmen terceirizados. “Por sermos um serviço de reprodução humana, focamos mais no congelamento de embriões, óvulos e sêmen se o paciente estiver sob risco”, justifica. 

O paciente é orientado a manter uma abstinência de dois ou três dias para coleta. Também é necessário providenciar alguns exames sorológicos exigidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), porque as amostras de espermatozoides ficam armazenadas em tanques de nitrogênio líquido, comuns a vários pacientes. Passa-se então à coleta e, em cerca de 3 horas, ela já estará congelada. 

O paciente pode transferir essa amostra para outro serviço de reprodução humana, usá-la em pequenas alíquotas ao longo do tempo ou descartá-la. Neste caso, é necessário assinar um termo presencial solicitando o descarte.

Homens com câncer devem congelar os espermatozoides antes do início do tratamento. Nem sempre o paciente ficará estéril, pois isso depende de uma série de fatores: da dose, do medicamento, de possíveis procedimentos cirúrgicos envolvidos, da quimioterapia. “Mas acredito, como especialista em reprodução humana, que o congelamento sempre cabe nessas situações, independentemente de querer ou não usar a amostra coletada. É um plano B”, pondera Cabral.

Fatores que interferem na fertilidade masculina

A qualidade dos espermatozoides diminui com o avanço da idade. Outros fatores também influenciam na quantidade e na qualidade da produção espermática. “São várias as alterações que podem acontecer ao longo da vida masculina que levam a uma queda de fertilidade”, explica Iris Cabral. Alguns deles são:

Fatores genéticos – O homem pode já nascer com alterações genéticas que refletem na fertilidade, causando baixa quantidade e qualidade ou até mesmo ausência de espermatozoides. “Isso pode ser investigado por meio de exames, mas não é uma condição muito frequente”, salienta a embriologista. 

Doenças – Patologias adquiridas costumam ser as causas mais comuns de infertilidade em homens. É o caso da caxumba na infância, por exemplo, e da varicocele, uma dilatação das veias presentes dentro do escroto, a bolsa de pele solta abaixo do pênis que detém os testículos.

Hormônios – O uso de esteroides para atividade física, como musculação, pode comprometer gravemente a produção espermática a ponto de interrompê-la. É o caso de excesso de testosterona. “Vemos isso hoje com relativa frequência. Acontece um feedback negativo: o corpo entende que tem testosterona em excesso e interrompe a interação hormonal testicular que desencadeia a maturação das células espermáticas e sua continuação. Ao suspender o uso, a produção volta naturalmente”, detalha.

Atividades de risco – Algumas atividades esportivas, como ciclismo e mergulho de profundidade, podem levar a uma elevação da temperatura testicular quando praticadas em excesso, comprometendo a quantidade e a qualidade dos espermatozoides. Uso de drogas (entorpecentes, álcool) também influenciam. 

Por Gabriela Brito Conversa – Estratégias de Comunicação Integrada