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Entenda a importância da ultrassonografia no 1º trimestre de gravidez

A ultrassonografia, também conhecida como ecografia ou ultrassom, é um exame que gera imagens dos órgãos e estruturas internas do corpo a partir da emissão de ondas sonoras. Apesar de ser considerada um exame complementar – aquele que vem na sequência de uma boa conversa com o paciente para o entendimento do quadro clínico –, ela tem grande valor para a detecção de doenças e para o embasamento de diagnósticos, facilitando a indicação de tratamentos.

“Na ginecologia obstetrícia e em especial na reprodução humana, a ultrassonografia é uma ferramenta ímpar que permite a avaliação dinâmica de um estágio inicial de gravidez e de respostas do organismo a diferentes procedimentos de reprodução assistida, além de detectar questões anatômicas e estruturais: desde a monitorização de um ciclo menstrual à estimulação para ovulação, crescimento de folículos e do preparo do endométrio para implantação do embrião no útero”, explica a ginecologista e obstetra da Genesis Manoela Porto.

A ultrassonografia deve ser realizada logo no ínicio da gravidez, no primeiro trimestre. “A primeira ecografia é fundamental para definir o tempo da gestação. A partir dela, temos um embasamento, um parâmetro para estimar a evolução e o tempo da gravidez”, salienta Manoela.

Além disso, é o ultrassom que vai avaliar a implantação da gestação: se ela é tópica, ou seja, no útero; em que parte do útero ela está localizada – o ideal é no fundo; caso seja em outra parte, ela é considerada heterotópica –; e até mesmo se trata-se de uma gestação ectópica – localizada nas trompas ou, em situações mais raras, nos ovários ou na região abdominal.

Estabelecido o local de implantação, definem-se o número de fetos. “Avaliamos se a paciente apresenta a implantação de uma gestação única, dupla, tripla e por aí vai. Se detectarmos a existência de mais de um feto, avaliamos o que chamamos de corionicidade: se a mulher tem uma gravidez gemelar, de dois sacos gestacionais e que terá duas placentas (gêmeos fraternos), ou de só um saco gestacional com dois bebês (gêmeos idênticos). Detectar o número de fetos e como foi o processo terá diferentes implicações durante a gravidez e leva a diferentes perfis de risco durante sua evolução”, detalha Manoela.

Em seguida vem o monitoramento da evolução da gravidez, para saber se ela está condizente com a idade gestacional (tempo desde que foi detectada). “Normalmente, nas gestações de reprodução assistida a idade gestacional já está documentada e não muda, porque foi realizada em ambiente controlado e temos o dia da ovulação, da inseminação, da transferência de embrião. Em gestações naturais, concebidas de maneira espontânea, pode haver discordâncias entre a data real da ovulação e da fecundação. A ecografia avalia se a gravidez é concordante e se está evoluindo adequadamente”, salienta.

Na primeira ecografia é possível, ainda, visualizar desde a implantação situações como a ausência de batimentos cardíacos ou alguma alteração nas estruturas embrionárias. “Tudo isso pode ser normal ou não, vai depender do tempo da gravidez”, tranquiliza Manoela. Daí a importância desse exame: ele nos permite avaliar a viabilidade ou não da gestação.

Mesmo em gestações classificadas como viáveis, pacientes podem sentir cólicas, dores e apresentar sangramentos, por exemplo. A ecografia garante o monitoramento da paciente para que um profissional indique, então, a melhor orientação. “Conseguimos detectar algumas malformações estruturais maiores, como um coração formado do lado errado, uma hérnia diafragmática, um defeito de fechamento da coluna ou malformações de membros”, exemplifica.

“Essas são as principais indicações para a ultrassonografia durante o primeiro trimestre da gestação. A Genesis está preparada para acolher mulheres cujo desejo é ser mãe, e para avaliar essa gravidez desde o começo, com muita segurança”, finaliza Manoela.

Por Gabriela Brito | Conversa – Estratégias de Comunicação Integrada