O ditado “você é o que você come” se aplica a diversas situações – e a saúde reprodutiva é uma delas. Saber quais alimentos incluir na rotina é importante para consumir nutrientes benéficos para o corpo e, assim, aumentar as chances de sucesso de uma gravidez saudável para a mãe e para o bebê.
“O que comemos tem uma relação direta com nossa saúde e com o funcionamento dos nossos órgãos. Obesidade, baixo peso, distúrbios hormonais, desequilíbrio entre nutrientes, dificuldade ou ausência de ovulação e alteração na quantidade e qualidade dos espermatozoides são algumas das consequências do estado nutricional inadequado, que pode aumentar o tempo ou impedir que uma gestação ocorra de forma natural”, explica a ginecologista e obstetra da Genesis Dra. Elielma Ferreira, que também atua na área de Nutrologia.
O que evitar – De modo geral, devemos substituir alimentos industrializados por frescos, naturais e preferencialmente orgânicos, como frutas e verduras . Diminuir o consumo de bebidas como café, refrigerantes à base de cola, chá preto e chá mate e priorizar lácteos com baixo teor de gordura também é recomendado.
Outra indicação é a substituição de carboidratos simples – como açúcar e pão branco – por aqueles complexos – como arroz integral, batata doce e mandioca. “Evite ao máximo alimentos enlatados, embutidos e ultraprocessados, que têm alto teor de sódio e gordura ruim. É o caso dos salgadinhos, salsicha e presunto”, ressalta a Dra. Elielma.
O que incluir – Aminoácidos como a arginina são importantes para a motilidade dos espermatozoides e estão presentes em queijos, leites, ovos e cereais integrais. O zinco é um mineral importante para o bom funcionamento do sistema reprodutor masculino. “Sua deficiência pode estar associada a baixos níveis de testosterona e da quantidade de espermatozoides. Podemos encontrar zinco em carnes, peixes, leite, queijos e oleaginosas como amêndoas e castanhas”, ressalta a ginecologista.
Radicais livres em desequilíbrio também podem prejudicar a fertilidade. “Existem algumas substâncias ricas nesses antioxidantes, como vitamina C, E, B12, glutationa, selênio e coenzima Q10, que podem ajudar a equilibrar esses radicais livres e melhorar a fertilidade”, explica.
Hoje, há muitas pesquisas também relacionando vitamina D e fertilidade. “Na alimentação, ela é encontrada em pequena quantidade, como em peixes, salmão e cogumelos. Mas é preciso tomar banho de sol para ativá-la no organismo. Em alguns casos, precisamos suplementar vitaminas e antioxidantes”, explica Elielma.
Equilíbrio é importante para mantermos uma vida saudável. Além do que foi dito, vale ressaltar a importância de beber muita água para manter-se hidratado e ter boas horas de sono. Procure um médico capacitado para avaliar suas condições clínicas e orientá-lo da melhor maneira possível.
Fontes de vitamina C: verduras verdes, como agrião, alface e brócolis, e frutas como laranja, limão e açaí.
Fontes de vitamina E: vegetais verdes, cereais integrais, salmão, abacate e ovos.
Fontes de glutationa: frutas secas, legumes, carnes magras e pescados.
Fontes de selênio: oleaginosas, frutos do mar e miúdos.
Fontes de coenzima Q10: carnes, cereais e vegetais verdes.
Fontes de vitamina B12: laticínios, ovos, feijões e carnes.
Outros fatores – Outros fatores estão igualmente relacionados ao aumento do tempo para alcançar uma gestação, como tabagismo, consumo excessivo de álcool e cafeína e a prática inadequada de atividade física. “É importante para o sucesso da fertilidade que ambos os parceiros tenham uma condição física boa para que a gestação ocorra de forma mais saudável e segura”, complementa.
Por Gabriela Brito Conversa | Estratégias de Comunicação Integrada