A ressonância magnética é um método avançado de imagem médica que usa campos magnéticos e ondas de rádio (como as que escutamos no carro) para criar imagens do corpo humano. Ela pode ser usada para identificar diversas condições e doenças, além de auxiliar na detecção de fatores da infertilidade e nos tratamentos de reprodução assistida.
O exame permite diagnosticar diversas doenças pélvicas relacionadas à infertilidade masculina e feminina e foi tema de um webinar realizado pela Genesis nesta segunda-feira (5/4), com a participação do radiologista convidado Tiago Morato. O evento é aberto a profissionais da área e mais detalhes podem ser encontrados ao final da matéria.
A ressonância é capaz de avaliar com alto grau de precisão alterações anatômicas congênitas, como as do canal vaginal, trompas, ovários e útero. “A ressonância permite ainda o diagnóstico da endometriose profunda, adenomiose uterina (quando o tecido endometrial existe e cresce na parede uterina) e complicações relacionadas a essas doenças. Por fim, pode dar informações indiretas sobre doenças das tubas uterinas. Apesar de não ser comumente indicada para tal, também pode avaliar a reserva ovariana, fornecendo medidas precisas do número de folículos e volume ovariano total. Nos casos de estimulação ovariana, pode ser utilizada para analisar eventuais complicações”, detalha Tiago.
Na investigação das alterações masculinas, as indicações são mais restritas. “Nesses casos, a ressonância é geralmente reservada como um método avançado para solução de dúvidas que porventura restarem após outros exames. Ela é capaz de avaliar a posição e o volume dos testículos e a presença de lesões neles. Também consegue avaliar a anatomia do sistema reprodutor masculino e diagnosticar malformações congênitas. Eventualmente, pode ser utilizado para avaliar o pênis, nos casos em que outros métodos de imagem sejam inconclusivos”, explica o radiologista.
O diagnóstico preciso dessas condições ajuda a guiar o tratamento clínico e auxilia na escolha dos métodos mais adequados para aumentar as chances de uma gestação bem sucedida. “Desta forma, a ressonância magnética pode sim ter impacto positivo na fertilidade”, informa.
Reprodução assistida – Ao fornecer uma avaliação detalhada da anatomia do sistema reprodutor feminino, a ressonância pode auxiliar no planejamento da melhor estratégia para reprodução assistida. “Ela consegue fornecer informações sobre número de folículos e volume ovariano e é amplamente empregada para avaliar eventuais complicações da estimulação ovariana”, exemplifica Tiago.
A ressonância – Além de gerar imagens em alta resolução e em grande detalhe, o exame é considerado mais seguro do que outros por não envolver o uso de radiação ionizante (raios X) e não ser invasivo, pois não implica a instrumentação do trato reprodutivo ou da cavidade abdominal. “Assim como a ultrassonografia, a ressonância magnética pode ser repetida quantas vezes for necessário, sem prejudicar a saúde ou segurança da paciente”, afirma.
Para aquisição das imagens, a paciente é posicionada no interior de um tubo que gera o campo magnético, e o tempo de exame geralmente é de 15 a 60 minutos, dependendo da indicação clínica.
Primeiramente, a paciente sempre é submetida a um questionário com uma lista de dispositivos e condições que podem contraindicar o exame. Uma dessas condições é a claustrofobia, já que envolve ficar no interior de um tubo por alguns minutos. Nesses casos, se necessário, pode haver sedação com medicamentos. Outras contraindicações incluem dispositivos de eletroestimulação – como alguns modelos de marca-passo cardíaco – e algumas próteses metálicas.
Indicações – Em geral, a ressonância magnética é indicada quando restam dúvidas sobre o diagnóstico, mesmo depois de exames clínicos e ultrassonografia transvaginal, ou quando o paciente apresenta uma doença em que a ressonância tenha vantagem para o diagnóstico. “Exemplos comuns seriam os casos de endometriose profunda, miomatose uterina extensa e malformações do sistema reprodutor, nos quais o estudo pode ser realizado para planejamento cirúrgico”, explica Tiago.
Novas técnicas – A ressonância magnética ainda é pouco empregada na avaliação de pacientes com infertilidade, segundo o radiologista, mas nota-se um aumento para diagnosticar condições relacionadas, como a endometriose. Isso deve aumentar a indicação do exame a longo prazo. Além disso, algumas novas técnicas, como a histerossalpingo-RM, podem eventualmente transformar a ressonância magnética em um método capaz de substituir diversas técnicas de exame em infertilidade por um único exame”, finaliza.
Palestra científica – No dia 5/4, às 19h, o doutor Tiago Morato ministrou uma palestra por videoconferência sobre ressonância nuclear magnética da pelve para profissionais da área de reprodução humana. A Genesis realiza regularmente eventos on-line para profissionais de saúde reprodutiva. A transmissão é gratuita, mas os interessados precisam realizar inscrição para participar. Caso tenha interesse em receber as próximas agendas, entre em contato conosco pelo WhatsApp ou por e-mail, sinalizando, no assunto, o título “Webinar Genesis”.
Inscrições:
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Por Gabriela Brito Conversa | Estratégias de Comunicação Integrada