Genesis

Search
Close this search box.

65% das mulheres não conseguem engravidar devido a fatores emocionais, diz estudo

Janeiro é um mês que marca a conscientização da importância da saúde mental e emocional na vida das pessoas. Os fatores psicológicos são tão importantes para o funcionamento do corpo que influenciam até mesmo na fertilidade. De acordo com um estudo do Instituto Valenciano de Infertilidade, na Espanha, aproximadamente 65% das mulheres não conseguem engravidar devido a fatores emocionais, como sintomas de ansiedade, estresse e depressão.

A ginecologista e especialista em reprodução humana do Centro de Assistência em Reprodução Humana – Genesis, Dra. Maria Eduarda Amaral, afirma que os fatores mentais podem comprometer certas funções fisiológicas relacionadas à fertilidade. “Isso provoca um ciclo vicioso porque a infertilidade e os devidos tratamentos também podem gerar prejuízos psicológicos”, comenta.

A médica esclarece que a sobrecarga de ansiedade e estresse provoca alterações no número de dias do ciclo menstrual, número de dias de menstruação, fluxo menstrual, coloração e odor da menstruação, além de alterações na libido. 

Além disso, uma pesquisa divulgada pela revista médica Fertility and Sterility identificou uma relação entre altos níveis de estresse e um risco aumentado de ausência de ovulação, o que pode levar a irregularidades menstruais e à infertilidade. “Essas alterações no ciclo menstrual não resultam necessariamente na cessação total do fluxo. Elas podem ocasionar desde o início do sangramento antes do esperado em ciclos mais curtos ou até atrasos menstruais que duram meses”, explica.

A Dra Maria Eduarda também acrescenta que se o corpo é colocado sob pressão excessiva, ele secreta hormônios do estresse, como o cortisol, que altera os padrões de secreção de um hormônio chamado GnRH. Devido a esse fato, ocorre uma irregularidade na liberação de dois outros hormônios essenciais ao funcionamento ovariano e a ovulação”, explica a profissional.

Controle da saúde mental – De acordo com a especialista, é crucial que a pessoa implemente iniciativas para gerenciar o estresse. Atividades físicas regulares, meditação e terapia com profissionais de saúde mental são algumas das medidas que podem fazer a diferença. 

A ginecologista também lembra que muitas mulheres não conseguem lidar sozinha com o estresse. Por causa disso, podem desenvolver quadros mais graves de transtornos mentais. “Isso pode comprometer não só o ciclo reprodutivo, mas também diferentes funções do organismo. Por isso, a prevenção é fundamental para que não chegue nesse estado de estresse”, conclui.