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Entenda a decisão do TJ-SP sobre redução embrionária em grávida de quíntuplos

Uma  recente decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) autorizou uma mulher grávida de quíntuplos a retirar três fetos. Para falar sobre o assunto, o sócio e médico ginecologista do Centro de Assistência em Reprodução Humana – Genesis, Dr. Adelino Amaral, participou do programa Revista Brasil, da Rádio Nacional.

Segundo o profissional, o procedimento de redução embrionária é vetado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) desde 1992. “Na verdade, essa redução é um aborto e o aborto só é permitido por lei em situações muito específicas, como risco de vida por exemplo. A corte usou justamente esse argumento para a decisão, já que uma mulher não tem condições fisiológicas de enfrentar uma gravidez de cinco crianças ao mesmo tempo”, afirma.

Segundo o especialista, continuar com a gestação poderia representar sérios riscos a todos os bebês e também à própria vida da mãe. “Em uma gravidez dessa magnitude, na maioria das vezes o que ocorre é um parto prematuro ou mesmo um aborto espontâneo. Então é uma lei de tudo ou nada. Se você perde um, automaticamente vai perder todos. Sem contar que quando essas crianças nascem, elas nascem muito prematuras. Isso acarreta uma série de problemas para família, são crianças que provavelmente vão ter problemas”, explica.

Ao falar sobre o surgimento da gravidez quíntupla, o Dr. Adelino diz que, atualmente, praticamente todos os serviços de reprodução assistida são implantados em um ou dois embriões. O risco é que um dos embriões pode se dividir, gerando gêmeos idênticos. “Houve uma divisão e ficaram cinco fetos resultantes de dois materiais genéticos”, complementa.

O médico também reconheceu que pode se tratar de um caso inédito no Brasil. “Que eu tenha conhecimento, é o primeiro caso de ação judicial. Até porque é uma situação extremamente rara . O que acontece geralmente é transferir um embrião e ele se dividir em dois. Transferir dois e se dividir em três. Agora transferir dois e se dividir em cinco é praticamente uma chance de um em um milhão”, assegura.

Ele também chama a atenção para o fato de que em outros lugares a situação pode ser diferente. “Existem países com legislação que permite o aborto. Neles, a redução embrionária pode ser feita em diferentes contextos. De três embriões para dois, de quatro para dois, de dois para um”, diz.

Para conferir a entrevista completa basta acessar o link.