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Especialista da Genesis esclarece principais dúvidas sobre congelamento de óvulos

O congelamento de óvulos tem se tornado uma opção cada vez mais comum entre mulheres que desejam adiar a maternidade. Recentemente, a humorista Dani Calabresa anunciou, em suas redes sociais, a gravidez e também reconheceu que tem óvulos congelados para uma possível gestação futura. A declaração reabriu o debate sobre o congelamento de óvulos entre as mulheres brasileiras.

De acordo com o ginecologista e sócio do Centro de Assistência em Reprodução Humana – Genesis,  Dr. Adelino Amaral, a idade é um dos fatores mais importantes para o congelamento de óvulos. “Quanto mais cedo a mulher congelar seus óvulos, melhor. A reserva ovariana é finita, e tanto a qualidade quanto a quantidade de óvulos começam a diminuir a partir dos 30 anos. O ideal é congelar até os 35. Depois dos 40, o prognóstico piora muito”, afirma.

Para o especialista, não há uma quantidade ideal para se congelar, podendo variar de acordo com o caso. Entretanto, segundo ele, quanto maior a quantidade, melhores as chances de sucesso. “A escolha das quantidades deve levar em consideração a qualidade dos óvulos – questão diretamente ligada à idade. Por exemplo, uma mulher de 30 anos que decide congelar 10 óvulos tem mais chances de engravidar do que uma mulher de 40 que congelou 20 óvulos. O que se acredita hoje ser o número ideal para obter sucesso em uma fertilização in vitro seria em torno de 15”, explica o ginecologista.

Mesmo assim, Dr. Adelino reforça que o congelamento de óvulos não é uma garantia de gravidez, pois é apenas uma parte do processo de reprodução assistida. “Óvulo não é um embrião ou um bebê. Às vezes, a implantação do embrião no útero não vinga e a gravidez não acontece. Isso ocorre em cerca de 60% dos casos”, destaca.

Ao analisar o tempo pelo qual esses óvulos podem ficar congelados, o especialista em reprodução assistida explica que é indeterminado. Isso porque o congelamento  interrompe o processo biológico. “Ainda não é possível afirmar com precisão, pois o congelamento de óvulos deixou de ser meramente experimental há cerca de 10 anos. Mas acredita-se que seja igual ao de embriões e espermatozoides, podendo durar uma vida inteira. Já existem relatos de gravidez após 21 anos de congelamento de embriões. Na Genesis, tivemos um caso de gravidez após 17 anos de congelamento de embriões”, diz o especialista.

O médico também assegura que o congelamento de óvulos envolve um procedimento invasivo, que inclui a administração de medicações injetáveis para indução da ovulação e a retirada dos óvulos por punção vaginal sob anestesia. “Normalmente, o procedimento dura menos de 30 minutos, e a paciente recebe alta cerca de 2 horas depois, estando apta a retomar suas atividades no dia seguinte”, diz.

Fase ideal – Para mulheres que não estão enfrentando situações emergenciais, o ideal é realizar o procedimento no início do ciclo menstrual, nos primeiros três dias. Já para as pacientes com câncer, o ginecologista comenta que o congelamento pode ser feito em qualquer fase do ciclo menstrual devido à urgência de preservar os óvulos antes do tratamento quimioterápico. “Vale ressaltar que a qualidade do óvulo é a mesma, independentemente da fase do ciclo em que foi coletado. Opta-se pelo início, porque é mais fisiológico, o recrutamento folicular ocorre nesse momento”, explica Dr. Adelino.

Casos na Genesis – A Genesis tem sido pioneira no congelamento de óvulos no Brasil. O primeiro bebê nascido na clínica a partir da técnica foi em 2011. Recentemente, a clínica celebrou o nascimento de dois bebês de pacientes que enfrentaram câncer de mama, um caso ocorrido em 2018 e outro em 2017. Esses resultados reforçam o impacto positivo do congelamento de óvulos na preservação da fertilidade feminina.