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Dia da Mulher: Conheça os principais técnicas de RA utilizadas por elas

No Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, é fundamental refletir sobre os avanços no acesso à reprodução assistida, uma área que tem proporcionado novas oportunidades para aquelas que enfrentam desafios para engravidar. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 15% dos casais em idade reprodutiva podem passar por problemas de fertilidade. Nesse cenário, técnicas como inseminação artificial, fertilização in vitro e doação de óvulos têm sido estratégias fundamentais para muitas mulheres realizarem o sonho da maternidade. 

A ginecologista e especialista em reprodução humana do Centro de Assistência em Reprodução Humana – Genesis, Dra. Maria Eduarda Amaral, destaca que, no Brasil, as opções de tratamento têm avançado, tornando-se mais acessíveis e seguras, com cada vez mais mulheres conseguindo ter filhos – inclusive aquelas em situações de fertilidade comprometida. Nesse contexto, a médica destaca as principais opções de tratamento disponíveis para mulheres que buscam soluções para a fertilidade. Confira:

Inseminação Artificial (IA)
A inseminação intrauterina é uma técnica de reprodução assistida de baixa complexidade, indicada para mulheres com dificuldades para engravidar, especialmente por problemas relacionados à ovulação. A Dra. Maria Eduarda conta que o procedimento é realizado em consultório e consiste em quatro etapas: estimulação ovariana, indução da ovulação, coleta e capacitação do sêmen e, por fim, a inseminação. “A inseminação artificial aumenta as chances de concepção ao introduzir o esperma diretamente no útero, facilitando a fecundação”, explica.

Fertilização In Vitro (FIV)
Considerada uma das técnicas mais complexas de reprodução assistida, a fertilização in vitro envolve a coleta dos óvulos, a inseminação em laboratório e a transferência dos embriões para o útero da mulher. A ginecologista destaca que a FIV é indicada para mulheres com dificuldades como idade avançada ou que passaram por tratamento de câncer. “A FIV permite que mulheres com diferentes condições, como aquelas que têm problemas de fertilidade ou que enfrentam riscos genéticos, possam realizar o sonho da maternidade”, comenta.

Doação de Óvulos
A doação de óvulos é um procedimento que envolve a transferência de óvulos de uma doadora para uma mulher que não consegue engravidar. A especialista em reprodução humana explica que o processo mantém o anonimato da doadora, e a gestante é reconhecida legalmente como a mãe da criança. O procedimento abrange a estimulação ovariana, a coleta de óvulos da doadora, a inseminação e, finalmente, a transferência embrionária para o útero da receptora.

Congelamento de Óvulos
O congelamento de óvulos é uma solução para mulheres que desejam preservar a fertilidade, especialmente para quem planeja engravidar mais tarde ou enfrentará tratamentos que possam comprometer a capacidade reprodutiva, como a quimioterapia. A Dra. Maria Eduarda enfatiza que o procedimento envolve a estimulação ovariana para amadurecer os óvulos e seu congelamento para uso futuro. “Esse método oferece uma excelente alternativa para mulheres que adiam a maternidade ou para aquelas em risco de perda de fertilidade devido a tratamentos médicos”, assegura.

Preservação da Fertilidade para Pessoas Trans
No caso da população trans, a preservação da fertilidade deve ser realizada antes de iniciar o tratamento hormonal para afirmação de gênero. Para homens trans, é possível captar e congelar óvulos, que poderão ser usados por ele ou por sua eventual parceira. Já para mulheres trans, a coleta e o armazenamento de espermatozoides devem ser feitos antes da terapia hormonal, pois o uso de estrogênio pode impactar de forma irreversível a fertilidade. A especialista reforça: “É fundamental que esses tratamentos sejam realizados antes do início da terapia hormonal, para garantir que as pessoas trans possam preservar suas opções reprodutivas”, conclui.