A inseminação artificial, ou inseminação intrauterina, é uma técnica de reprodução assistida que consiste na transferência de espermatozoides previamente processados em laboratório para o interior do útero da mulher, após ela ter sido estimulada para a ovulação. Essa abordagem busca replicar, de forma semelhante ao processo natural, o encontro entre os óvulos e os espermatozoides, aumentando as chances da concepção. No entanto, para que o tratamento seja bem-sucedido, é fundamental que haja comprovação da permeabilidade das trompas uterinas, ou seja, que as trompas estejam livres e desobstruídas, permitindo o trajeto adequado dos espermatozoides aos óvulos, e destes fertilizados em direção ao útero.

O sucesso da inseminação artificial depende do fator causal ou da associação de fatores concorrentes para a infertilidade. Pode-se dizer, contudo, que as taxas de gravidez por ciclo de tentativa girem em torno de 10% a 20%. É fundamental frisar que 90% das gravidezes por essa técnica ocorrem até o terceiro ou quarto ciclo de tentativa. Após a quarta falha, fica indicada a continuidade do tratamento por procedimento de maior complexidade.

Indicação

Este procedimento é, normalmente, recomendado como opção de tratamento para casais com tentativas iniciais de gestar, mas que não obtiveram sucesso. Entre os principais candidatos ao procedimento estão aqueles que apresentam problemas de ovulação, muco cervical inadequado, alterações leves nas características do sêmen, disfunção erétil ou ejaculatória, ou até mesmo casos em que a causa da infertilidade não tenha sido identificada. A inseminação artificial busca superar essas dificuldades, oferecendo uma oportunidade maior para que esses casais realizem o sonho de ter um filho e completem sua família.