Junho é o Mês Mundial da Conscientização da Infertilidade. Com o Dia dos Namorados se aproximando, o amor no ar pode ser o ingrediente a mais para transformar em realidade o desejo de muitos casais: o de ter filhos. Para isso, outro ingrediente fundamental é a fertilidade, embora não seja garantia do tão aguardado resultado positivo.
Não existe receita mágica, mas existem, sim, alguns fatores importantes que influenciam (e muito) nas chances de sucesso de gravidez.
1. A idade da mulher – e do homem!
A partir dos 35 anos de idade, há uma queda significativa e progressiva na reserva dos óvulos da mulher. Consequentemente, a cada ano que passa, há uma diminuição da probabilidade de gravidez. Em casos de tratamentos de reprodução assistida, quanto mais avançada a idade, menor a probabilidade de captação de muitos óvulos após a fase de estimulação ovariana.
Assim como as mulheres, homens também devem se preocupar com a idade quando o assunto é ter filhos: a infertilidade masculina é motivo de insucesso de gestação em cerca de 30% dos casais que tentam engravidar. A qualidade e a quantidade de esperma importam para aumentar as chances de sucesso de gravidez.
Já exploramos esse assunto por aqui ao mencionarmos uma pesquisa, conduzida nos Países Baixos, que concluiu que com espermatozoides de homens entre 40 e 44 anos existe um aumento da taxa de abortamento em cerca de 23% em gestações com menos de 20 semanas.
Também já falamos sobre como a saúde paterna pode estar associada à perda gestacional, de acordo com um estudo retrospectivo que acompanhou mais de um milhão de gestações entre 2009 e 2016, nos Estados Unidos.
2. Ciclo menstrual, período fértil e autoconhecimento
Para pessoas que menstruam, conhecer seu ciclo é entender melhor o próprio corpo para ter mais qualidade de vida: os sinais que ele dá, as mudanças hormonais e o período fértil – quando há mais probabilidade de engravidar.
Considera-se o primeiro dia do ciclo aquele em que a menstruação desceu. A ovulação acontece 14 dias antes dessa data (sempre analisada de forma retrospectiva). Para uma pessoa que tem ciclos menstruais regulares – aquele que normalmente dura entre 21 a 35 dias – o período mais fértil são os três dias que antecedem a ovulação. Durante esse intervalo, manter certa frequência de relações sexuais, idealmente a cada um ou dois dias, ou três vezes na semana, pode aumentar as chances de gravidez. Nossa matéria sobre período fértil tem tudo o que você precisa para se programar!
3. Alimentação e exercícios físicos
O que comemos tem relação direta com nossa saúde em todos os aspectos, e a fertilidade não escapa. “Obesidade, baixo peso, distúrbios hormonais, dificuldade ou ausência de ovulação e alteração na quantidade e qualidade dos espermatozoides são algumas das consequências do estado nutricional inadequado, que pode aumentar o tempo ou impedir que uma gestação ocorra de forma natural”, explica a ginecologista e obstetra da Genesis Dra. Elielma Ferreira, que também atua na área de Nutrologia. Saiba o que incluir e o que evitar na alimentação para cuidar de sua saúde reprodutiva.
A prática de atividades físicas, embora não necessariamente aumente a fertilidade, tem papel importante na saúde reprodutiva porque ajuda a regular o metabolismo, a gordura corporal e a circulação sanguínea, influenciando a produção de hormônios e melhorando a ovulação e a produção de espermatozoides.
Quanto mais cuidado tivermos com nós mesmos, mais nosso corpo responde com saúde. Mantenha um acompanhamento médico multidisciplinar regular, preste atenção aos sinais do seu corpo e não tenha vergonha ou medo de comunicar as coisas com seu parceiro ou parceira.
Por Gabriela Brito Conversa | Estratégias de Comunicação Integrada