Prática na qual uma pessoa generosamente se oferece, sem envolvimento financeiro, para gestar e cuidar, em seu próprio útero, do desenvolvimento de um bebê pertencente a outro casal. Essa pessoa se dispõe a realizar esse ato de amor e dedicação, permitindo que o casal que gerou o embrião transferido para ela possa ter a experiência da parentalidade. Após o nascimento, o bebê é destinado aos pais biológicos, e a barriga solidária não terá nenhuma responsabilidade legal ou parental sobre a criança.

Para quem é indicado?

A técnica é indicada em diferentes situações: para mulheres que passam pela remoção do útero devido a condições médicas, para aquelas que nascem sem o útero, e também para pacientes que possuem malformações uterinas ou doenças graves que impedem a gestação. Além disso, casais homoafetivos masculinos também se beneficiam desse procedimento.

Quem pode ser uma barriga solidária?

Para se tornar uma barriga solidária, a pessoa deve ter um grau de parentesco de até quarto grau com uma das pessoas que deseja ter um filho, como a mãe, irmã, prima ou tia. No entanto, caso não seja possível encontrar uma parente nessas condições, o Conselho Regional de Medicina (CRM) pode conceder autorização para a participação de uma pessoa sem parentesco próximo no processo de barriga solidária. Isso é avaliado caso a caso, levando em consideração aspectos éticos e legais para garantir o bem-estar de todas as partes envolvidas.